quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

" In On It " no Teatro Faap ( Indicação de Armando e Débora )


A encenação de "In on it" é simples, centrada em texto e ator. A cenografia de Domingos de Alcântara é austera, os figurinos de Luciana Cardoso também são tão simples quanto o texto exige. A luz de Maneco Quinderé pulsa com a ação, a trilha de Lucas Marcier é discreta, e o conjunto Valéria Campos, Mabel Tude e Márcia Rubin é responsável pela rica linguagem corporal dos atores.
A direção de Enrique Diaz é impecável: identidade física, andamento, aproximações, afastamentos, tudo está sob controle, mas com toda a liberdade de que o ator precisa. É óbvio que há uma grande conivência entre diretor e elenco em relação ao tipo de vida cênica que deve ser dado ao belo texto de Macivor.
Do mesmo modo que a direção opta por encontrar a vida específica do texto, os dois atores que compõem o elenco apresentam a mesma conivência ao fazerem de suas interpretações partes complementares uma da outra: do mesmo modo que entram e saem da ação, ou que mudam de personagem, Fernando Eiras e Emilio de Mello "brincam" com a emocionante seriedade desse quadro de vida com uma segurança notável.
É impossível, como resultado, avaliar ou comparar o trabalho dos dois atores. Eiras e Mello, juntos, compõem o universo desse original "In on it", tendo a mesma generosidade um para com o outro, que exibem, fartamente, em sua comunicação com a plateia.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Video Buster Keaton

Oi gente!
Dei uma pesquisada nos nomes dos atores que a Débora falou pra gente hoje na aula de mímica e achei esse vídeo do Buster Keaton =)
É só pra compartilhar mesmo!
Espero q vcs gostem!

http://www.youtube.com/watch?v=s2K9ZeBe-HA

Bjoss

BRECHT . e + Denise!

Teremos a palestra com a Denise na faculdade, mais mesmo assim acho de extrema importância comparecer nessa mesa redonda, que vai falar de uma personalidade que futuramente estudaremos e para um crescimento nas discussões de história do teatro.

· Abril

Dia 10 (na ELT): UM OLHAR PARA BERTOLT BRECHT. Mesa redonda sobre o dramaturgo, pensador e encenador alemão, com: Denise Fraga (atriz) e Marco Antônio Brás (diretor), que estão em cartaz com a peça A ALMA BOA DE SETSUAN, do autor.

Das 14h às 17h no Teatro Conchita de Moraes.

Público Alvo: pessoas acima de 16 anos, interessadas em história, arte, filosofia e teatro.

Vagas: lotação do Teatro.

End.: Escola Livre de Teatro - Praça Rui Barbosa, 12, Santa Terezinha - Santo André/SP (Próxima a estação de trem Prefeito Saladino) - Telefone: (11) 4996-2164 / 4997-5254


Caça a personagens Shakespeareanos...

Lendo : Otelo / O Rei Lear
Para : Direção Teatral com Armando Filho


" De falso acusei o meu amor
Daí, o que foi que ele falou?
Cantem: Salgueiro, meu verde salgueiro
Se fiz a mais damas a corte,
Você com mais homens se deitou.
Agora,podes ir embora.Boa-noite.Ardem os meus olhos.Isso quer dizer que vou chorar?"

" Minha mãe tinha uma criada chamada Bárbara. Ela estava apaixonada. E o homem por quem se apaixonara mais tarde ficou louco e abandonou-a.Ela cantava uma música, sobre um salgueiro, uma canção antiga, muito antiga, mas que era a expressão de sua sorte, e ela morreu cantando essa música. Justo essa música hoje não me sai da cabeça. Devo ocupar-me com o que preciso fazer, para não ladear a cabeça e entoar essa canção, como fazia a pobre Bárbara. Peço-te, anda rápido. "
Desdêmona, em Otelo.


" Jurei amor a ambas as irmãs. Cada uma suspeita da outra como os que foram mordidos suspeitam das serpentes.Com qual das duas fico? Ambas? Uma? Ou nenhuma das duas? Nao poderei gozar nenhuma, ambas estão vivas.Ficar com a viúva significa exasperar Goneril, deixá-la louca de ódio; e dificilmente tirarei algum partido disso enquanto o marido for vivo. Por enquanto me aproveitarei do apoio dele na batalha. Mas, esta terminada, Goneril , que deseja ver-se livre dele, terá que arranjar um meio rápido de eliminá-lo. Quanto á magnanimidade com que pretende tratar Lear e Cordélia, vencida a batalha, e eles em nosso poder.
Nunca hão de ver seu perdão.
Não tenho que dialogar
Mas defender minha posição.
Edmundo, em O Rei Lear.